Carta da Coordenação pro tempore

30/07/2020 09:53

Prezadas/os colegas professoras e professores, estudantes e servidoras/es técnico-administrativos do Programa de Pós-Graduação em Educação,

Em função da vacância dos cargos de coordenador e subcoordenador do PPGE, a partir da renúncia apresentada pelas ex-coordenadoras na reunião do colegiado delegado do dia 23 de julho de 2020, fomos convocados, como decanos, para assumir a coordenação e subcoordenação, por meio das Portarias N. 1015/2020/GR e N. 1016/2020/GR , de 24 de julho de 2020, recebida no dia 28 de julho, para um mandato “pró-tempore”, até que sejam realizadas eleições para o referido cargo. Trata-se de um período de excepcionalidade, com vistas a encaminhar os expedientes mínimos necessários e coordenar o processo eleitoral de escolha das/dos novas/os coordenadores do PPGE para o próximo mandato, a partir de 1º de setembro de 2020 (conforme Ofício n º 41/2020/CED).

É nesta condição, e conscientes da provisoriedade desta investidura, que nos dirigimos a vocês. Célia é professora titular da UFSC e credenciada no PPGE desde 1998, já tendo assumido a coordenação do Programa no período de 2010 a 2012; Alexandre é professor associado e credenciado no PPGE desde 2002. Recebemos e acatamos a determinação superior, sabendo da responsabilidade e trabalho desta inesperada tarefa, num contexto de pandemia e trabalho remoto. Entendemos que este momento é difícil para todas/os e dele só sairemos juntas/os e se conseguirmos enfrentá-lo coletivamente, orientando-nos pelo diálogo.

Somos um Programa em Educação, com uma história de 36 anos, numa universidade pública, gratuita, autônoma, democrática e com gestão pública. Temos o compromisso com a formação de mestrandos/as e doutorandos/as, com a produção e socialização do conhecimento, e com a formação de professores/as da rede pública de ensino. Compomos um universo de 51 professores, 3 técnico-administrativos em educação e em torno de 300 estudantes vinculados a seis linhas de pesquisa.

Vivemos no país um contexto extremamente grave em termos políticos, sociais e sanitários. As políticas dos Ministérios da Educação e de Ciência e Tecnologia revelam descaso com a ciência e as universidades públicas, além de negligência com a ciência básica e as Humanidades. Os investimentos na educação e nas universidades públicas vêm sendo reduzidos, com sérias implicações nas bolsas de pesquisa para mestrandos e doutorandos, bem como nas políticas de permanência dos estudantes. Portanto, os desafios que temos são internos e externos e exigem de nós organicidade no Programa e capacidade de resistência.

Além disso, muitos antes de nós lutaram pela escolha democrática de chefes de departamento, coordenadores de curso, diretores de unidades e reitores. Não podemos abrir mão desta conquista, precisamos ampliá-la e garantir que nossas lideranças sejam autônoma e democraticamente escolhidas por nós.

A atual coordenação “pró-tempore”, contando com a colaboração inestimável do colegiado amplo e delegado, bem como da comissão eleitoral, compromete-se a envidar esforços para que o nosso Programa tenha em breve uma coordenação eleita por toda a comunidade.

Florianópolis, 29 de julho de 2020.

Professora Célia Regina Vendramini

Professor Alexandre Fernandez Vaz

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